(New York: Doubleday, 2008) 192 pp., $18.95 (hardcover)

(Louisville: Westminster John Knox, 2009) 126 pp., $14.95 (paperback)
Revisado por John Merrill
O que acontece com uma pessoa após a morte é um mistério que tem provocado tanta especulação intensa como nenhum assunto ponderado pela humanidade. A noção de que Jesus de Nazaré, depois de ser crucificado pelos soldados romanos, foi posteriormente ressuscitado da morte postula uma forma singular da assim-chamada ressurreição. Este evento, conforme relatado no Novo Testamento, é uma pedra angular da fé cristã, bem como uma fonte aparentemente interminável de comentário e debate.

Dois livros recentes oferecem insights frescos e cativantes sobre o tema da ressurreição, com base em evidências arqueológicas, bem como as fontes bíblicas e extra-bíblicas. Um é The Ressurrection, de Geza Vermes, um estudioso altamente respeitado e professor emérito de estudos judaicos na Universidade de Oxford. A outra é Jesus, the Final Days, um esforço conjunto por Craig C. Evans, professor de Novo Testamento no Acadia Divinity College (Canadá), e N.T. Wright, bispo de Durham (Inglaterra), ambos estudiosos amplamente divulgados e respeitados.
Na época de Jesus, os saduceus aristocráticos continuaram a manter a noção da morte como finalidade e esta, Vermes argumenta, foi a crença judaica principal. No entanto, alguns sectários, nomeadamente os fariseus, avançaram à noção da ressurreição do corpo no final dos tempos. Sobre este ponto, a discussão de Vermes torna-se um pouco desfocada, porque nenhuma das fontes fornece uma definição satisfatória da ressurreição. Além disso, sua falha em considerar a opinião de João Batista é uma intrigante omissão. Claramente João Batista e, provavelmente Jesus, se encontram entre os judeus que previam uma nova era em que os puros seriam recompensados com a felicidade eterna e os pecadores condenados ao eterno sofrimento. Mas o ponto-chave que Vermes faz é que, para Jesus, a ressurreição significava sobrevivência espiritual, enquanto que a ressurreição corpórea "não desempenhou nenhum papel significativo" em seu pensamento.

Jesus, the Final Days começa com dois capítulos por Craig Evans, que oferecem uma revisão completa das fontes antigas que descrevem a prática romana de execução e de práticas de

No terceiro e último capítulo, o Bispo Wright assume o formidável desafio de se abordar se a ressurreição realmente aconteceu. Como no caso do comentário de Vermes, a discussão está desfocada pela falta de uma definição clara, mas, como nos comentários finais Professor Vermes, o Bispo Wright concluiu que as testemunhas do Novo Testamento acreditavam na autenticidade de suas percepções, seja visionárias ou não, e se tratava de uma poderosa experiência mística que tem sido uma fonte de inspiração para os seguidores ao longo da história.

[1]. Dio Cassius, Roman History XLIX 22.6 (Loeb edition).
John Merrill é um editor contribuidor de Biblical Archaeology Review.
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